De acordo com levantamentos realizados pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), o mercado pecuário continua apresentando um cenário de estabilidade nas negociações. Essa condição, segundo os pesquisadores, está diretamente relacionada ao fato de que boa parte das escalas de abate já está garantida com animais provenientes de contratos firmados anteriormente ou de rebanhos próprios das indústrias frigoríficas. Com isso, a demanda por novas aquisições no chamado mercado “spot” acaba sendo reduzida. Software para finanças

Essa menor necessidade de compra por parte dos frigoríficos tem reflexo imediato no ritmo das negociações. No mercado físico, observa-se que os pecuaristas vêm disponibilizando apenas lotes pequenos de animais, o que contribui para uma liquidez considerada baixa pelos analistas. Ou seja, os volumes transacionados no dia a dia não têm sido expressivos, reforçando a percepção de um mercado mais contido e seletivo.

No estado de São Paulo, que é uma das principais referências de preços para o setor, os valores do boi gordo vêm apresentando variações limitadas. De acordo com os dados mais recentes do Cepea, as negociações têm girado, em sua maioria, na faixa de R$ 310 a R$ 315 por arroba, embora alguns negócios pontuais tenham alcançado até R$ 320. Esses números mostram um movimento de estabilidade, ainda que com pequenas oscilações dentro de uma faixa estreita de preços.

Em resumo, o cenário atual combina três fatores principais: frigoríficos menos ativos nas compras à vista, pecuaristas ofertando lotes menores e preços que permanecem relativamente firmes. Esse conjunto de condições explica por que o mercado pecuário segue em ritmo moderado, sem grandes avanços ou recuos nas cotações.

Fonte: capitalist